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17.05.2022

Seguros para pessoas jurídicas tiveram melhor desempenho durante a pandemia

O impacto da pandemia foi mais forte nos padrões de consumo de pessoas físicas e famílias do que para as empresas, de maneira geral, tanto porque as medidas de isolamento social restringiam o consumo de serviços por parte das famílias quanto porque a renda do trabalho foi muito afetada, com aumento da desocupação, principalmente no setor informal.

No setor segurador, tal heterogeneidade também foi observada. Quando segregamos a arrecadação do setor (excluindo Saúde Suplementar e DPVAT) em produtos voltados às Pessoas Físicas (PF) e Pessoas Jurídicas (PJ), fica evidente que a arrecadação de seguros PF sofreu muito mais impacto do que a dos seguros PJ (veja gráfico na fonte da matéria).

No grupo dos produtos voltados às Pessoas Físicas, estão inclusos aqueles do segmento de Coberturas de Pessoas, tanto em Planos de Risco quanto em de Acumulação, Títulos de Capitalização, seguro Automóvel, Garantia Estendida, Habitacional, entre outros produtos massificados. No grupo dos produtos voltados às Pessoas Jurídicas – isto é, que são predominantemente contratados por empresas – estão o seguro Rural, Transporte, Marítimos e Aeronáuticos, Crédito e Garantia, Responsabilidade Civil, Riscos de engenharia, Grandes Riscos, entre outros.

Como se vê, em 2020, ano do impacto econômico mais significativo da pandemia, houve grande divergência no comportamento dos seguros PF e PJ: enquanto os primeiros tiveram queda de 0,4%, os últimos cresceram expressivos 19,3%. No ano seguinte, houve recuperação dos seguros para PF, mas os para PJ mantiveram patamar semelhante de crescimento, mesmo com a base de comparação relativamente mais forte.  Nos últimos 12 meses até fevereiro de 2022, os seguros para PF cresceram 12,1%, enquanto os seguros para PJ cresceram 24,5%, na comparação com o mesmo período em 2021.

Entre os seguros para PF, cabe destacar, nos últimos meses, as contribuições do seguro Automóvel (crescimento de 21,3% em relação ao primeiro bimestre do ano passado), da Capitalização (com 12,8% de crescimento no acumulado deste ano, até fevereiro) e dos Planos de Risco em Coberturas de Pessoas (10,0%). Os Planos de Acumulação, muito influentes no resultado por sua elevada participação (produtos da Família VBGL e PGBL representam cerca de 50% da arrecadação da parcela classificada como PF), vêm apresentando volatilidade mais elevada, intercalando contribuições positivas e negativas no resultado total. O referido grupo, por exemplo, foi o principal responsável pelo resultado negativo dos seguros PF em 2020.

Já entre os seguros para PJ, o crescimento tem sido disseminado, mas cabe destacar o seguro Rural (crescimento no primeiro bimestre de 101,1%), os Grandes Riscos (28,2%), Crédito e Garantia (30,3%) e Transportes (20,2%).

É importante, no entanto, considerar que esses números são influenciados por uma inflação mais elevada. O IPCA-15 acumulado em 12 meses até fevereiro chegou a 10,76%. Dessa maneira, o crescimento da arrecadação dos seguros para PF nos meses mais recentes, se considerado em termos de poder de compra constante da moeda, é relativamente modesto, ainda que positivo. É claro que a mesma análise cabe aos seguros para PJ, mas eles ainda assim estariam crescendo a taxas de dois dígitos.

Há outros sinais na economia de que produtos e serviços voltados às pessoas físicas e famílias sofreram maior com o choque provocado pela pandemia e ainda não conseguiram se recuperar totalmente. Ao analisar a Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS), do IBGE, por exemplo, vê-se que apesar da recuperação forte, os serviços prestados às famílias é o único grupo de componentes da pesquisa que não retornaram ainda a patamares pré-pandemia.

Uma das razões que explica esse comportamento é a dinâmica da renda do trabalho, que afeta diretamente o comportamento das famílias. Apesar das transferências do Auxílio Emergencial terem mais que compensado, em muitos casos, a queda na renda do trabalho no auge da pandemia, seu caráter temporário não sustentou o consumo das famílias de maneira permanente. Além disso, mais recentemente, a aceleração a inflação aliou-se à lenta recuperação do mercado de trabalho para dificultar a recuperação da massa real de rendimentos (veja gráfico na fonte da matéria).

Fonte:

https://cnseg.org.br/noticias/

 

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