07.10.2016
Até 12% das indenizações pagas são fraudes
As seguradoras estimam que, do total de indenizações pagas na carteira de veículos, algo em torno de 10% ou 12% são fraudes. Segundo o diretor Executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Julio Cesar Rosa, não chega a 2% ou 3% desse volume o percentual de fraudes constatadas e comprovadas, o que permite à seguradora negar a indenização. “O restante é pago, mesmo se houver o sentimento de que não deveria ocorrer esse pagamento, mas não tem como provar”, afirmou o executivo, em entrevista ao CQCS, durante o 2º Seminário de Prevenção e Combate a Fraudes, realizado pela Fenseg, nesta quarta-feira (28/09), em São Paulo. Ele que o evento superou as expectativas dos organizadores. Foi muito bom, deu tudo certo, comemorou. Para Julio Cesar Rosa, o mais importante foi poder “criar uma sinergia de relacionamento” com autoridades do setor de Segurança Pública, que puderam ver de perto como funciona o mercado de seguros. Na visão do diretor da Fenseg, é fundamental realizar esse tipo de evento, que propicia o diálogo com os governantes, além de unir forças e metodologias, a partir da troca de informações. “Assim, faremos o fraudador pensar um pouco mais antes de agir, o que fará com que não tenhamos mais tantas fraudes como agora”, frisou. Já o gerente Operacional da Diretoria de Veículos do Detran-SP, Eduardo Rangel, disse que esse evento foi “fundamental”, por aprofundar o relacionamento entre o mercado de seguros e as autoridades das áreas de Trânsito e de Segurança Pública. “Constatamos que muitas fraudes no processo de regularização de veículos têm como objetivo fraudar o seguro. Então, essa troca de informação é muito positiva, comentou. Ele acrescentou que a fraude mais comum é feita na emissão de documentos, com os criminosos elaborando esquemas para “montar” um veículo de sucata para cometer irregularidades. Por sua vez, o chefe da área de Trânsito da PM de São Paulo, tenente-coronel Arnaldo Pazetti, sugeriu algumas precauções na compra de um veículo usado. “O mais importante é verificar se o veículo está registrado no nome do vendedor. Além disso, é preciso consultar eventuais débitos”, aconselhou.
Fonte: www.sindsegsc.org.br
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