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01.04.2019

Valor Econômico publica Especial de Seguros e Resseguros

Valor Econômico publica Especial de Seguros e Resseguros

O Valor Econômico publica hoje, 29, o Especial de Seguros do Valor Econômico . O especial, com 23 reportagens, traz os bons resultados que vem sendo obtidos pelas companhias diante de tantas mudanças. As matérias podem ser lidas por assinantes no portal do jornal e na edição impressa que circula com a edição desta sexta-feira.

Cenário – Nos últimos 12 meses encerrados em janeiro, o avanço foi de 3,59%. Mas a reversão, de acordo com estimativas da CNseg, está prometida para este ano: mesmo no cenário mais pessimista, a entidade espera uma evolução de 5,6%. No mais otimista, o setor segurador deve crescer 10%. O presidente da CNseg, Marcio Coriolano, relativiza os resultados do ano passado. “Houve uma mudança estrutural no mercado segurador a partir da ampla diferenciação de comportamento entre seus diversos segmentos”, diz. O comportamento dos setores foi marcado pela heterogeneidade. Os dados gerais, puxados para baixo sobretudo pelas perdas verificadas nos planos de acumulação previdenciários, escondem a performance muito boa de segmentos importantes. Vários ramos apresentaram receitas com avanços na casa dos dois dígitos, como transporte (16,1%), rural (11,4%), crédito e garantias (10,6%), responsabilidade civil (10,3%) e patrimonial (10%). “Esses são os novos protagonistas da procura por proteção, enquanto perde ênfase o histórico carro-chefe do setor, o ramo de automóveis”, diz Coriolano.

Fusões Seguradoras – O mercado segurador está em um momento crucial de mudanças, com desafios e oportunidades para todos. O fraco crescimento das vendas nos últimos anos, o aumento de danos por catástrofes, as baixas taxas de juros, a saturação de alguns mercados e a competição acirrada desencadearam uma onda de aquisições entre seguradoras, que impactaram também os corretores. Segundo Márcio Coriolano, presidente da CNseg, há espaço no mercado para muitos negócios. Os três maiores grupos representam mais de 50% do que é arrecadado. Os dez maiores, 80%. “Nos seguros de danos e responsabilidades, em 2008 os cinco maiores grupos eram responsáveis por 62% dos prêmios. Em 2018, por pouco mais de 52%.”

Fusões Corretoras – As aquisições e parcerias das seguradoras têm impacto direto no segmento de corretores de seguros, que há dois anos intensifica as negociações visando o aumento da escala para otimizar custos. A Comissão Europeia aprovou no dia 22 de março a aquisição do grupo britânico JLT pelo grupo Marsh McLennan (MMC) anunciado em setembro de 2018, por US$ 5,4 bilhões, pagos à vista. Trata-se da maior aquisição nos últimos dez anos realizada pela Marsh, a número um do ranking e o maior negócio do mercado de corretagem de seguros concretizado até hoje. 

Seguradoras Estrangeiras – Embora o número de empresas estrangeiras no mercado brasileiro de seguros não tenha aumentado nos últimos anos, os investimentos das multinacionais já presentes no país vem se intensificando. “A participação de seguradoras estrangeiras tem permanecido relativamente estável nos últimos 5 anos. Os deals mais recentes têm sido reforços de participação, joint ventures e compras de carteiras”, afirma Abel Colaço, executivo sênior da consultoria Bain & Company. O mercado brasileiro de seguros tem exibido um crescimento significativamente maior em relação ao conjunto da economia. “Em grande parte, isso se deve ao fato de que a população e as empresas do país ficaram mais preocupadas em proteger seus patrimônios. Por isso, as expectativas da Chubb para 2019 são as melhores possíveis tanto para os seguros mais básicos como para as proteções mais sofisticadas”, explica Antonio Trindade, CEO da Chubb.

Insurtechs – O número de startups que apostam em uso intensivo de novas tecnologias (machine learning, big data e analytics, inteligência artificial) para trazer inovação ao mercado de seguros não para de crescer. Globalmente, estima-se que existam mais de 1500 insurtechs em operação, como são conhecidas essas novatas. No Brasil, já são 79 startups atuando no setor. O Thinkseg Group ingressou na lista das 100 insurtechs mais inovadoras do mundo em 2018 elaborada pela empresa de pesquisas FinTech Global. A outra brasileira é a Minuto Seguros.

Corretoras Inovação – Corretoras tradicionais de seguros começam a apostar na transformação digital para fazer frente ao movimento iniciado pelas insurtechs. A mudança é mais acentuada entre as maiores empresas, com capacidade de investimento em processos e ferramentas, enquanto as menores ainda buscam seu posicionamento nesse novo universo. A transformação digital das corretoras será tema de curso da Escola Nacional de Seguros em abril, em São Paulo (SP), apresentado por Richard Furk, dono da H&H Corretora e da insurtech Dealerseg, voltada à indicação de leads e intermediação de negócios. 

Mobilidade – A crescente popularidade dos aplicativos de mobilidade e hospedagem tem aberto novas oportunidades de negócios para as seguradoras. As ações até agora implantadas são tímidas e nem mesmo os usuários, em sua maioria, sabem que estão sendo protegidos por uma apólice. É o caso da locadora de patinetes elétricos Grin, que fechou acordo com a seguradora HDI para acidentes pessoais. Para o corretor Alexandre Romero, sócio da Calcule Seguros, as perspectivas são promissoras. “As startups estão preocupadas em passar uma imagem e segurança”, diz. Em breve, revela, há possibilidade ser lançado um seguro exclusivo para motoristas de aplicativos. “Já há seguradoras prospectando este nicho”, diz. “Estamos em fase de maturação. É uma surpresa para o usuário”, diz Lara Murta, superintendente de autos e massificados da SulAmérica, que acredita na consolidação do modelo de economia compartilhada, embora em ritmo mais lento do que em outros países.

Seguro Viagem – Por meio de anúncios no Google, Letícia conheceu o site da ComparaOnline. Em poucos cliques, preencheu as informações cadastrais requeridas (idade, destinos, quantidade de dias), definiu as coberturas aderentes ao seu perfil e recebeu diferentes ofertas de seguros. “Verifiquei os valores, fechei a contratação e recebi a apólice por e-mail, em 10 minutos. O processo é prático e seguro”, conta.

XP – A corretora XP chega ao mercado com seguradora autorizada pela Susep no final do ano passado. De largada, serão distribuídos 20 fundos com planos PGBL e VGBL para clientes pessoa física, de diferentes classes de ativos (renda fixa, crédito privado, multimercados e renda variável), geridos por renomadas gestoras independentes. O braço segurador fez uma curadoria de fundos de previdência com gestão ativa de casas como Adam, JGP e Dahlia Capital. “Tivemos a preocupação de contar com uma prateleira enxuta, mas com a oferta de um portfólio robusto e com estratégias diferenciadas para os investidores”, afirma o sócio Roberto Teixeira.

D&O – O cenário de consolidação do D&O, que se tornou um fator prioritário no pacote de benefícios dos executivos, tem atraído mais seguradoras para atuar no segmento, como Porto Seguro e Austral. A Porto adquiriu duas carteiras, da AIG e da Travelers de dezembro até março. “Já atuávamos no segmento, mas a nossa estratégia é crescer na oferta de seguros financeiros para o segmento de pequenas e médias empresas”, afirmou Marcelo Picanço, diretor geral da Porto. O valor de prêmios emitidos pela Travelers em 2018 nestes ramos foi de aproximadamente R$ 60 milhões. “Não vamos absorver toda a carteira, e sim renovar os contratos que estiverem dentro da nossa proposta”, enfatizou. A Austral Seguradora promete para este semestre a sua estreia em D&O, antecipa Rodrigo Santos, diretor de subscrição da empresa. Segundo ele, uma das vantagens é ser mais flexível em relação às exclusões que o setor tem feito no pós- Lava-Jato. “Percebemos que podemos agregar muita expertise e diferenciais em um mercado que tem 75% das venda concentrados em cinco companhias”.

D&O Case – Sergio Hilgert, sócio diretor da Euroseg, corretora especializada em riscos corporativos, tem uma vasta experiência com seguro D&O. Umas boas, outras nem tanto. “A parte boa da história é que todos os casos geram aprendizado e motivam correções, por parte das seguradoras, nos produtos ofertados ao mercado, e pelos clientes, que aprendem com a dor”, diz.

Riscos Financeiros – As seguradoras estão de olho nas ofertas de ações que devem ganhar novo fôlego caso a reforma da Previdência seja aprovada, ajudando a destravar investimentos engavetados há mais de três anos. O seguro conhecido como POSI (Public Offering Securities Insurance)– que protege administradores, empresas, acionistas vendedores e controladores relacionada o prospecto -, está com demanda aquecida. “Com a retomada da economia e mudanças no cenário político, esperamos que em 2019 o Brasil tenha cerca de 30 empresas fazendo IPO ou ofertas secundárias. Como praticamente todas as emissões contam com esse seguro, esperamos que a procura deste tipo de seguro aumente exponencialmente”, afirma Luis Guilherme, da Marsh.

Riscos Cibernéticos – Crimes cibernéticos, falhas relacionadas à tecnologia da informação, vazamento de dados: problemas como esses aparecem entre as principais preocupações das empresas, segundo a pesquisa Allianz Risk Barometer 2019. A 8ª pesquisa anual da seguradora sobre as principais ameaças aos negócios foi realizada em 86 países, com participação de 2.415 especialistas em riscos corporativos.

Blockchain – Ainda incipiente entre as grandes seguradoras, as redes de blockchain começam a ganhar adeptos com a promessa de diminuir custos e aumentar a precisão na avaliação de riscos. A tecnologia permite o registro e o acompanhamento das transações de forma digital aumentando a transparência entre segurador e segurado, reduzindo a burocracia e o tempo necessário entre o sinistro e o pagamento do prêmio. A plataforma garante maior segurança e transparência na troca de informações com os clientes, além de facilitar o controle dos corretores. “O blockchain está para a indústria seguradora assim como o streaming de dados está para a indústria da música”, afirma o CEO da 88i, Rodrigo Ventura. 

Tecnologia – Seguradoras apostam na internet das coisas (IoT) para oferecer melhor proteção aos clientes. A tecnologia promete visão mais completa do segurado e do seu contexto, o que possibilita apólices mais personalizadas. “IoT permite que vários processos e serviços sejam integrados e centralizados em um único lugar, facilitando venda e consumo”, diz Fabio Dragone, diretor de digital e inovação do grupo Bradesco Seguros. Na Porto Seguro, os primeiros projetos ajudaram a identificar potenciais de aplicação e receptividade da tecnologia. Marcos Sirelli, diretor de TI, destaca o app Trânsito+gentil, que avalia perfil de condução e foi baixado por cerca de 900 mil clientes e não clientes. Ao baixar o app, o usuário ganha 5% de desconto no seguro.

Planos Corporativos – Pesquisas e estudos mostram que os brasileiros estão longe da real necessidade de poupança para a aposentadoria, principalmente por meio dos programas corporativos oferecidos pelas empresas aos seus funcionários.

Doenças Graves – Dados da FenaPrevi mostram que o volume de prêmios (valor pagos pelos segurados para contratar a proteção dos seguros) na modalidade “doenças graves ou doença terminal“, contratada por pessoas físicas cresceu 42,23%. Passou de R$ 179 milhões para R$ 255 milhões.

Bens de Consumo – Quem tem como sonho de consumo ter na garagem veículos com valor de R$ 1 milhão, como um Audi R 8 ou um Porsche Turbo, deve reservar antes até R$ 70 mil para as despesas com seguro (entre 5% e 7% de prêmio do valor do bem) e com garantia estendida. O conselho é de Fabiano Telatin, diretor de serviços de proteção de veículos da Assurant

Auto – No ramo de automóveis, algumas seguradoras conquistaram a façanha, em 2018, de aumentar em até dois dígitos o volume de prêmios – valor pago pelos segurados para contratar a proteção dos seguros. O percentual está bem acima do volume de prêmios médio do setor de auto, que ficou em 3% em 2018, comparado aos 6,5% registrados em 2017, segundo dados da Consultoria Rating de Seguros.

Clima – Mudanças climáticas, redução de espaços verdes, falta de planejamento urbano: a soma de todos esses fatores tem provocado cada vez mais episódios de enchentes e causado com maior frequência danos a residências, empresas e automóveis, especialmente em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.

Resseguro – As resseguradoras movimentaram no ano passado R$ 11,98 bilhões, com alta de 8,3% em relação a 2017, segundo levantamento da Terra Brasis. O presidente da Federação Nacional das Empresas de Resseguros (Fenaber), Paulo Pereira, salienta que, embora o crescimento do setor tenha vinculação natural ao ritmo de evolução do PIB, o crescimento superior a 8% no volume cedido às resseguradoras, enquanto a economia avançou apenas 1,1%, mostra a capacidade do mercado de gerar negócios em momentos adversos.

Normas Contábeis – A abrangência setorial da IFRS 17 e sua característica multidisciplinar requer uma capacitação profissional que ainda não se consolidou no Brasil. Contadores, auditores, especialistas em TI, atuários e CFOs precisarão de formação específica para lidar com os desafios que virão pela frente, com êxito. “As universidades ainda não estão atualizadas”, diz Vania Borgerth, professora da Fucape Business School, de Vitória (ES). A CNseg tem buscado nivelar as informações entre os associados e contratou empresa de consultoria para ajudar a detalhar os diversos capítulos do IFRS 17 (são cerca de 600), identificando caminhos a serem seguidos, conforme Alexandre Leal, diretor técnico da CNseg. “Desde sua publicação, buscamos iniciar os debates, tanto internamente, quanto com os órgãos reguladores, tentando entender os impactos sobre as associadas”, disse. Ocorre que o mercado segurador no Brasil é diverso, composto por empresas ligadas a grandes conglomerados e por seguradoras independentes. “Cada uma delas será afetada de forma distinta.”

Fonte: www.sonhoseguro.com.br

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