16.01.2018
Tecnologia pode baratear preço de seguro no Brasil
Reportagem da Folha de S.Paulo informa que o uso de aplicativos e novas tecnologias pode ajudar a melhorar a avaliação de risco dos clientes e baratear custos no mercado de seguros. A tendência tem sido cada vez mais seguida por empresas do ramo com o objetivo de atrair novos clientes. No segmento de veículos, o caminho já é explorado de forma mais concreta, com o uso de aplicativos que conseguem identificar se o motorista dirige bem, se trafega por regiões com índices mais elevados de roubo e se respeita os limites de velocidade.
A SulAmérica lançou, em dezembro, um aplicativo com essa dinâmica, embora o objetivo inicial seja mais acompanhar o comportamento do cliente do que mudar a precificação do seguro, afirma Eduardo Dal Ri, vice-presidente da seguradora. O usuário precisa dar autorização para a seguradora coletar os dados. 'Estamos investindo em telemetria, em novas ferramentas, tentando medir o comportamento do usuário em redes sociais', afirma. 'Eu não preciso perguntar onde você mora, por onde dirige, onde passa a maioria das noites. Ajuda a precificar melhor. É uma justiça tarifária e diminui fraudes', diz.
No seguro de vida, já existem empresas no exterior que conseguem avaliar o perfil de risco com o uso de aplicativos que medem o nível de atividade física do segurado, o percentual de glicose no sangue e até mesmo o número de batimentos cardíacos. 'As seguradoras querem ter mais contato com os clientes, além de uma comunicação mais amigável que permita melhorar as interações com o segurado', diz Fabio Leme, vice-presidente da HDI Seguros. 'Quando for oferecer a renovação, que seja mais personalizada, assim os clientes não vão ficar com ofertas tão massificadas.'
Não é só na precificação que a tecnologia pode auxiliar as empresas. Na Caixa Seguradora, uma forma encontrada para ampliar a base foi adotar a assinatura eletrônica nos contratos. Em 2015, a empresa viu 170 mil propostas de seguros deixarem de ser concretizadas por falhas no processo. 'O documento não chegava ou chegava sem assinatura. Quando se contrata um seguro, por força de legislação, tem que assinar um documento para, depois, virar uma apólice de seguros. Ou seja, a proposta ficava pelo caminho', diz Castelano Santos, gerente de seguros de vida da Caixa Seguradora.
Fonte: Sindsegsp
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